segunda-feira, 21 de abril de 2014

Maria Mulher, Maria Mãe.


Quando penso em Maria, a mãe de Jesus, não me vem outra imagem senão a de mulher e mãe. 
Ela está tão ligada ao mistério de Cristo e ao homem de hoje, que somente assim pode penetrar nos corações e nas vidas: sendo mulher e sendo mãe. 

Penso em Maria muito igual a toda mulher de seu tempo, de nosso tempo. Em tudo semelhante a elas. Interiormente, porém, foi a única no mundo, pois teve o privilégio de ser imaculada. 

Porque imaculada, diferente das outras. Com toda certeza foi uma mulher por excelência: completa, madura, forte e fiel. Como mulher, dividiu sua vida com José. 

Como mulher, manteve-se em seu lugar, durante as dúvidas e incertezas de seu companheiro. 
Seu ser estava tão ligado ao ser de Deus que a fé sofrida e vivida lhe confirmava a certeza da vitória. 

Como mulher, sofreu e gozou. 
Chorou e sorriu. Vibrou a amou. 
Maria-mulher. Como nossas mães, esposas e irmãs. O que pensar de Maria como mulher-mãe? 
Primeiro, a revelação do mistério. 
A gravidez. 
A dúvida e suspeita de José. 
O nascimento do homem-Deus. 
O cântico dos anjos. 
Depois, o silêncio total. 
Trinta anos com Jesus, na obscuridade. 
Um filho como os outros. Um jovem que crescia e se tornava homem... 

Mistério? 
Sim. Mistério dos caminhos de Deus... 
Qual foi o segredo da fortaleza de Maria? O que a sustentou em sua maternidade? A fé. 

Maria-mulher: imaculada. 
Maria-mãe: plena de graça. 
A imaculada, a plena de graça, envolta no mistério de Deus. 
A união íntima com esse Deus e a entrega total no sim da anunciação foram os impulsos que moveram a atitude interior da virgem-mãe. 

Como mulher e mãe, acreditou e adorou seu Deus em todos os instantes da vida. 
Acreditar e adorar é o que me ensina Maria-mulher, Maria-mãe do filho de Deus.